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Pais durante manisfesto em favor da Escola Cívico-Militar

Pais de alunos e comunidade do São Domingos fazem manifestação em favor da democracia, no processo de escolha sobre Escola Cívico Militar em Campinas

A manifestação ocorreu na última sexta-feira em frente à escola. Uma liminar teria impedido toda comunidade escolar de votar sim ou não para implantação do novo programa proposto pelo Governo Federal. Segundo a população, existe um abaixo assinado que já conta com mais de mil assinaturas para que comunidade retome o processo de escolha.

Pais de alunos e comunidade reuniram-se na última sexta-feira, 10 de janeiro, em frente à escola Odila Maia Rocha Britto, na comunidade São Domingos, em Campinas para manifestar o seu desejo pela democracia em relação à implantação da Escola Cívico Militar.

A manifestação foi pacífica e os pais gravaram um vídeo e publicaram em suas redes sociais que com a manifestação almejavam apenas o direito a escolha em ter ou não o programa implantado na Odila.

O vídeo tinha centenas de compartilhamentos e dezenas de comentários até a tarde desta terça-feira.

Entenda o caso

No dia em que estava ocorrendo a votação junto à comunidade escolar, onde o processo democrático estava ocorrendo com a votação dos alunos maiores de 16 anos, pais, gestores da escola para decidir se a comunidade escolar desejaria ou não que a escola Odila se transformasse em escola cívico militar, uma medida jurídica impediu a continuidade do processo de votação.

Segundo a Deputada Estadual, Valéria Bolsonaro, que liderou audiências públicas para explicar todos detalhes sobre as escolas cívico militares, o direito desses pais pode ter sido cerceado após liderança de um vereador que teria usado da influencia de um promotor que por coincidência foi homenageado na Câmara Municipal de Campinas, dias antes da interrupção do processo democrático.

Victor, que luta pelo processo de escolha e que teria gravado o vídeo da manifestação explicou o seu posicionamento:

“A maioria das pessoas presentes nesta manifestação são pais de alunos. Não estamos aqui impondo uma verdade absoluta. Tenho em mãos comigo um abaixo assinado com quase mil assinaturas que querem o projeto e querem ter o direito de votar,” registrou.

Kátia Cista Reche também se posicionou em rede social em favor do direito à votação.

“População e pais querem exercer o direito da democracia,” enfatizou.

Sobre o programa

A escola cívico militar é um programa do Governo Federal, que abriu um chamamento público para todas as cidades que quisessem fazer adesão. Campinas fez a adesão por ter um bom contingente de militares, mas não concluiu o processo de consulta que era uma exigência da portaria, por conta da interrupção por parte do Ministério Público.

Valéria explicou que se não fizer a consulta pública, Campinas não deve perder o programa, uma vez que a cidade já foi cadastrada e aderiu, mas este, iria para outra escol da cidade.

A Deputada, não concordando com a interrupção do processo democrático que vinha sendo feito para que a comunidade escolar participasse da decisão em transformar ou não a escola em cívico militar, está questionando o Ministério Público sobre a atuação dos agentes do órgão em relação à escola cívico militar.

“Na minha visão, os agentes do MP podem estar incorrendo em transgressão disciplinar para atender interesses politico- partidários, por isso estou questionando os atos do membro do Ministério Público”, explicou.

A Parlamentar pediu informações ao Procurador Geral do Estado e representou na Corregedoria do Ministério Público a atuação do promotor da infância e juventude de Campinas.